Desequilíbrio Alimentar

Nosso corpo possui necessidades diárias e específicas para cada categoria de alimentos, que por sua vez, são essenciais para o bom funcionamento e a boa saúde. Nutricionistas sabem que devem ficar atentos quanto à falta ou excesso de nutrientes, pois podem ser indicadores de problemas. Profissionais que atendem pacientes com dificuldades para equilibrar seus hábitos alimentares devem estar preparados para lidar com um universo muito complexo.

O comportamento alimentar é construído por diversas variáveis, que passam por sinalização hormonal, ambiente onde o paciente está inserido, crenças e, nos casos mais complicados, o próprio vício em alimentos palatáveis.

O ano de 2020, em especial, trouxe uma situação ainda mais específica. A pandemia da COVID-19 afetou a população brasileira – e a mundial – em diversos níveis, incluindo o emocional. Este desequilíbrio emocional, aliado a outras condições que este período proporcionou, favoreceu o desenvolvimento do desequilíbrio alimentar. Pelos mais variados motivos, que vão desde desinformação, passando por dietas sem qualquer tipo de acompanhamento até a diminuição, ou perda, da renda familiar, os hábitos alimentares se alteraram fortemente. Assim, gerando tanto consumos compulsivos, quanto a carência de nutrientes importantes.

O primeiro passo para lidar com casos de desequilíbrio alimentar é demonstrar profissionalismo e transmitir confiança. Fale sobre sua metodologia de trabalho e apresente os resultados que seu paciente poderá alcançar com sua assistência. Outra etapa importante é tratar os objetivos de seu paciente com transparência, apresentando os obstáculos do processo de uma reeducação alimentar e os benefícios que ele pode conquistar adquirindo um plano alimentar. Por isso é necessário que conheça bem seu paciente antes de preparar uma estratégia.

Depois de fazer toda avaliação física e conhecer sua rotina, procure saber como seu paciente reage aos novos hábitos. A preparação do quadro alimentar deve ser baseada nesses dados, visto que o paciente deve se dispor gradativamente para um novo estilo de vida. Lembre-se sempre de apresentar variedade através de uma lista de substituição e atenha-se às condições financeiras do paciente, estipule alimentos e receitas que condizem com a realidade dele, caso contrário ele não retornará ao seu consultório.

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