GET

De acordo com as leis da termodinâmica e da preservação de energia, o corpo humano está em um estado de equilíbrio energético quando a entrada de energia (ingestão de nutrientes) é continuamente igual à saída de energia (gasto de energia e desperdício de energia). Permitindo, assim, a manutenção da composição corporal.

A variabilidade na mudança de peso na população humana, no entanto, é extremamente diversa. Alguns indivíduos são mais propensos a ganhar ou perder peso considerável, mesmo em períodos mais curtos de tempo, do que outros que conseguem manter o peso corporal com mais facilidade, mesmo ao longo de uma vida inteira.

Por isso se faz necessário o uso de fórmulas preditivas de gasto energético, como uma das ferramentas para manejo da composição corporal do paciente em questão.

Com o WebDiet você não precisa se preocupar em decorar fórmulas, pois já fazemos todo esse trabalho para você. Mas, na postagem de hoje, selecionamos algumas fórmulas para você saber um pouco mais sobre o tema:

– Harris Benedict (1919 e 1984)

Utiliza peso, altura, idade e sexo do paciente para o cálculo.
É importante notar que o grau de exatidão destes cálculos é grande apenas para pessoas de compleição física média. Eles não servem para pessoas muito magras, muito gordas ou até mesmo para pessoas musculosas, porque não levam em consideração a composição corporal do paciente, podendo dar um resultado pouco preciso.
A fórmula de Harris-Benedict define a taxa metabólica basal (TMB) – o nível de necessidade energética do organismo – sem levar em conta nenhuma outra energia adicional, necessária para qualquer atividade física, e define o GET após a escolha do fator atividade.

 

– FAO/WHO (1985)

Nesta nova orientação, os componentes do gasto energético deveriam ser expressos como múltiplos da TMB, numa tentativa de se controlar as características individuais, como as dimensões e composição corporal, o estado nutricional e características demográficas, como idade e gênero.
Essa fórmula utiliza apenas peso, idade e sexo do paciente como base de cálculo. Pode ser utilizada também para o cálculo de gastos energéticos de bebês. Mede a taxa metabólica basal do paciente e deve ser posteriormente multiplicada pelo fator atividade, para que tenhamos o gasto energético total.

 

– EER/IOM (2005)

Essa fórmula também utiliza peso, altura, idade e sexo para seus cálculos. Pode ser utilizada para crianças e adultos. Essa fórmula, diferente das outras, não mede a taxa metabólica basal do paciente, ela calcula direto o gasto energético total, pois o fator atividade está embutido na fórmula original.

 

– Cunningham (1991)

Fórmula muito utilizada para atletas e pacientes com baixo percentual de gordura. Em suas variáveis é aplicado peso e massa magra como parâmetros de cálculo, não se modificando de acordo com o sexo do paciente. O fator atividade não é aplicável e essa fórmula não gera cálculo de TMB.

 

– Mifflin para pacientes com Obesidade (1990)

Essa equação é melhor ser utilizada por indivíduos acima do peso ou obesos. É uma equação mais nova que a de Harris-Benedict. É necessário aplicar o fator atividade. Essa fórmula gera valores de TMB e GET.

 

– Mifflin para pacientes com Sobrepeso (1990)

Essa equação é melhor ser utilizada por indivíduos acima do peso ou obesos. É uma equação mais nova que a de Harris-Benedict. É necessário aplicar o fator atividade. Essa fórmula usa o valor de massa livre de gordura para a estimativa da TMB e do GET.

 

– Henry e Rees (1991)

Foi desenvolvida para populações tropicais e, geralmente, fornece estimativas menores do que aquelas derivadas de populações norte-americanas e européias. Utiliza peso corporal em kg para base de cálculo. Essa fórmula gera valor de TMB e é necessário aplicar o fator atividade para estimativa do GET.

 

Referências:
1- Piaggi, Paolo. “Metabolic determinants of weight gain in humans.” Obesity 27.5 (2019): 691-699.

2- Birsoy, Kıvanç, et al. “Metabolic determinants of cancer cell sensitivity to glucose limitation and biguanides.” Nature 508.7494 (2014): 108-112.

3- Schlogl M, Piaggi P, Pannacciuli N, Bonfiglio SM, Krakoff J, Thearle MS. Energy expenditure responses to fasting and overfeeding identify phenotypes associated with weight change. Diabetes 2015;64:3680-3689.

4- Rynders CA, Bergouignan A, Kealey E, Bessesen DH. Ability to adjust nocturnal fat oxidation in response to overfeeding predicts 5-year weight gain in adults. Obesity (Silver Spring) 2017;25:873-880.

5- Piaggi P, Thearle MS, Bogardus C, Krakoff J. Lower energy expenditure predicts long-term increases in weight and fat mass. J Clin Endocrinol Metab 2013;98:E703-E707.

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