Essa semana iremos abordar as características principais de algumas doenças inflamatórias e distúrbios intestinais. Hoje vamos falar sobre a síndrome do intestino irritável e a doença diverticular.
A síndrome do intestino irritável é um distúrbio funcional do sistema gastrointestinal, cuja fisiopatologia não é totalmente compreendida, mas sabe-se que envolve uma comunicação desordenada entre o intestino e cérebro, causando distúrbios viscerais, de motilidade e hipersensibilidade.
Os sintomas e manifestações que comumente acompanham essa condição são dores abdominais associadas a uma alteração na forma e frequência das fezes, gases, diarreia e/ou constipação, muitas vezes associada ao estresse psicossocial. Esses sintomas podem ser bem vagos e transitórios, e, por isso, muitas vezes a doença é confundida com outras condições. O diagnóstico da síndrome do intestino irritável é considerado de exclusão, ou seja, o médico precisa descartar primeiro a possibilidade de outras doenças intestinais.
Já doença diverticular ocorre quando a diverticulose se torna sintomática. A diverticulose é caracterizada pela formação de divertículos (bolsas em forma de balão) na parede do intestino grosso. Os sintomas envolvidos incluem distensão, dor e alterações do hábito intestinal, podendo evoluir para hemorragia, fístulas e formação de abscesso. O diagnóstico é médico e feito a partir de exames de imagem, como ultrassonografia e tomografia computadorizada.
Algumas das estratégias nutricionais que podem ser adotadas nessa condição são:
1. Dieta baixa em FODMAPs durante 3 a 6 semanas iniciais, com posterior reintrodução gradativa desses alimentos, observando os sintomas e definindo a tolerância individual;
2. Possível uso de probióticos;
3. Ajuste do consumo de fibras (aumento gradual para não piorar os sintomas);
4. Hidratação adequada.