Quando o assunto é alimentação, hábitos veganos e vegetarianos vêm ganhando cada vez mais destaque nos últimos anos. As pessoas passaram a adotar esse padrão alimentar pelos mais variados motivos, que vão desde saúde e convicções religiosas, até preocupações com o bem-estar animal, uso de antibióticos e hormônios na cadeia de produção da agropecuária, ou ainda, o desejo de comer de uma forma que evite o uso excessivo dos recursos ambientais.
Tradicionalmente, a pesquisa sobre o vegetarianismo se concentrava, principalmente, nas deficiências nutricionais em potencial, oriundas desse estilo de vida. Nos últimos anos, o pêndulo mudou para o outro lado e os estudos estão confirmando os benefícios, para a saúde, da ingestão reduzida ou excludente em carne.
A posição da American Dietetic Association é que dietas vegetarianas planejadas de forma apropriada, incluindo dietas veganas, são saudáveis e nutricionalmente adequadas, bem como podem fornecer benefícios à saúde na prevenção e no tratamento de certas doenças.
Estritamente falando, uma dieta vegetariana, ao contrário de uma dieta onívora, é definida como aquela que não é composta por carne (incluindo de aves), frutos do mar, ou produtos que contenham esses alimentos. Apesar disso, pessoas com diferentes hábitos dietéticos se autodenominam vegetarianas, o que torna importante, então, explicitar as diferenças básicas entre esses padrões alimentares. Assim, entre as diversas classificações nós temos:
– Veganos (vegetarianos totais): não comem carne, frango, peixe ou quaisquer produtos derivados de animais, incluindo ovos e laticínios. Excluem todos os alimentos que sejam de origem animal.
– Ovolactovegetarianos: não comem carne, frango ou peixe, mas consomem ovos e laticínios.
– Lactovegetarianos: não comem carne, frango, peixe ou ovos, mas consomem laticínios.
– Ovovegetarianos: não comem carne, frango, peixe ou laticínios, mas consomem ovos.
– Vegetarianos parciais: evitam carne, mas podem comer peixe (pescetariano) ou aves.
Dietas vegetarianas bem planejadas são apropriadas para indivíduos durante todos os estágios do ciclo de vida, incluindo gravidez, lactação, primeira infância, infância e adolescência, como também podem ser direcionadas a atletas.