Em meados de 1980 foram publicados, pela primeira vez, estudos que comprovaram a importância de amamentar exclusivamente – sem qualquer outro líquido, chá ou água – levando ao menor risco de morbidade e mortalidade. Esses estudos, amplamente conhecidos, assim como outros realizados em diversos países, forneceram novas bases para a reformulação de políticas internacionais, particularmente da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). As novas diretrizes recomendam que as crianças sejam amamentadas de forma exclusiva até os seis meses e que, após este período, se inicie gradativamente a alimentação complementar, mantendo a amamentação até pelo menos os dois anos de idade.
A amamentação é uma das formas mais eficazes de garantir a saúde e a sobrevivência da criança. No mundo, apenas 40% dos bebês com menos de seis meses de idade são amamentados exclusivamente.
Em resumo, quanto à amamentação, a OMS e a literatura trazem as seguintes recomendações:
1- As mães devem iniciar a amamentação dentro de uma hora após o nascimento;
2- Os bebês devem ser amamentados exclusivamente durante os primeiros seis meses de vida para atingir crescimento, desenvolvimento e saúde ideais;
3- A partir dos seis meses, os bebês devem receber alimentos complementares, nutricionalmente adequados e seguros, para atender às necessidades nutricionais em evolução (enquanto continuam a ser amamentados);
4- A amamentação deve continuar por até dois anos ou mais.
O leite materno é o alimento ideal para recém-nascidos e bebês. Ele fornece todos os nutrientes necessários para um desenvolvimento saudável. É seguro e contém anticorpos que ajudam a proteger os bebês de doenças infantis comuns, como diarreia e pneumonia, as duas principais causas de mortalidade infantil em todo o mundo.
Adolescentes e adultos que foram amamentados quando bebês têm menor probabilidade de apresentar sobrepeso ou obesidade. Eles também são menos propensos a ter diabetes tipo II e apresentam melhor desempenho em testes de inteligência.
A amamentação também beneficia as mães. A amamentação exclusiva está associada a uma redução nos riscos de câncer de mama e de ovário, como também de diabetes tipo II e depressão pós-parto.
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Referências:
Victora, Cesar G., et al. “Breastfeeding in the 21st century: epidemiology, mechanisms, and lifelong effect.” The Lancet 387.10017 (2016): 475-490
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Promovendo o Aleitamento Materno 2a edição, revisada. Brasília: 2007.
World Health Organization, 2017.